
...À noite há chuva de estrelas.
~*~
Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte ;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença ! Com licença !
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença ! Com licença !
Com rumo à Estrela Polar.
António Gedeão, Poesias Completas
5 comentários:
Hoje h� chuva de estrelas. Queria eu um c�u menos nublado para as poder ver.
Lindo, este poema do Gede�o.
Beijocas.
Ah a fala do homem nascido!...
Bela escolha!
Hoje foi um dia todo ele virado para a poesia! Que bom! E estou a ver que nos vais surpreender com mais escolhas maravilhosas! Como as estrelas do céu!...
Beijinho! :-)
Preciosa escolha de um poema magnífico de um poeta tão ignorado, á excepção do poema mil vezes musicado, que todos nós bem conhecemos, para "ilustrar" um facto científico tão interessante, como o desta noite.
Parabéns, Carla.
Beijinhos.
Caríssimos amigos,
Tem sido complicado deixar um «aconchego» aos vossos comentários. Os caprichos informáticos teimam e o meu Pc não tem colaborado. Espero muito em breve, ultrapassar esta situação.
As minhas sinceras desculpas!
Obrigada pelas vossas visitas e pelos V/ comentários.
Bom feriado para todos!
:-)
"Com a sua licença toda"...
Que a natureza não seja um "espartilho" da força de vontade...
Beijinhos!
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