sábado, 11 de agosto de 2007

|15| Hoje...


...À noite há chuva de estrelas.

~*~

Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte ;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,

nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença ! Com licença !

Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença ! Com licença !
Com rumo à Estrela Polar.

António Gedeão, Poesias Completas

5 comentários:

Special K disse...

Hoje h� chuva de estrelas. Queria eu um c�u menos nublado para as poder ver.
Lindo, este poema do Gede�o.
Beijocas.

RIC disse...

Ah a fala do homem nascido!...
Bela escolha!
Hoje foi um dia todo ele virado para a poesia! Que bom! E estou a ver que nos vais surpreender com mais escolhas maravilhosas! Como as estrelas do céu!...
Beijinho! :-)

João Roque disse...

Preciosa escolha de um poema magnífico de um poeta tão ignorado, á excepção do poema mil vezes musicado, que todos nós bem conhecemos, para "ilustrar" um facto científico tão interessante, como o desta noite.
Parabéns, Carla.
Beijinhos.

Shadow disse...

Caríssimos amigos,
Tem sido complicado deixar um «aconchego» aos vossos comentários. Os caprichos informáticos teimam e o meu Pc não tem colaborado. Espero muito em breve, ultrapassar esta situação.
As minhas sinceras desculpas!
Obrigada pelas vossas visitas e pelos V/ comentários.

Bom feriado para todos!
:-)

lampejo disse...

"Com a sua licença toda"...
Que a natureza não seja um "espartilho" da força de vontade...
Beijinhos!